Desde pequena, eu sempre preferi andar com os meninos do que com as meninas. Eu era a maria-homem de cachinho loirinho todo bagunçado que brincava de Barbie dentro de casa e jogava bola na rua. Minha família não ligava muito pra isso, até porque eu só tenho UMA prima pelo lado da minha mãe, e ela tem um ano. Ou seja, minha infância foi jogar bola descalça com a mulecada e torcer pra um deles brincar de panelinha comigo depois.
Não sei se foi por ter convivido com tanto muleque ou se eu sou menino mesmo (brinks), mas eu sempre gostei de jogar bola, ficar na rua até tarde, falar palavrão, de assistir corrida e de coçar o saco :O
Andar com os meninos é tão legal, você fica sabendo quem ta querendo te pegar, aprende a regra do impedimento, sabe da tabela do brasileirão e por ai vai. Com as meninas já é meio diferente, elas te tratam de forma mais carinhosa e simpática, que na maioria das vezes é fingimento. Rola uma “competição” em off, de quem ta com o cabelo mais bonito, com a roupa mais cara, o sapato mais novo e etc.
Eu costumo ser a mais homenzinho das minhas amigas. Eu me dei conta disso há um tempinho. Eu assisti o jogo do São Paulo de noite, o jogo inteiro. Quando eu acordei no outro dia, a primeira coisa que eu falei pra minha irmã foi do jogo, ai eu fui ver tv e tava passando o vt daquele jogo, e eu assisti, chinguei o juiz quando ele expulsou o Lucas, grite com o Rogério quando ele perdeu o penalti e dei risada do 7 deles marcando o 7 nosso. DE NOVO. Eram 7h30 da manhã e eu gritando que não foi falta, que tava impedido e toda aquela coisa. Acho que eu sou a única dona de casa de 17 anos que adianta o almoço pra poder assistir Jogo Aberto. Mas nem por isso eu deixo de me arrumar, de estar penteada e maquiada quando eu saio e de ser menininha. É que meu lado macho é maior que o das minhas amigas. Acontece.
Então fellas, eu continuo menina mas não converso sobre novela e não vivo em função de namorado (até porque eu não tenho um).
See ya folks!